Setor do varejo retoma seu crescimento no País

 Setor do varejo retoma seu crescimento no País

A recente pesquisa da KPMG, “Tendências e a nova realidade – 1 ano de covid-19” — que analisa os quatro possíveis padrões de retomada dos 40 principais setores da economia brasileira durante o período — mostrou que o setor varejista está em processo de crescimento, principalmente nos segmentos online, farma e alimentar, após as mudanças nos hábitos dos consumidores.

Entre os principais desafios para o segmento, apontados pelo relatório, as medidas de restrição de circulação ainda vigentes transformaram profundamente esses hábitos dos clientes, que seguem preocupados com a segurança. Por conta disso, o varejo online ganhou protagonismo e tornou-se uma alternativa para o fechamento das lojas, além de fundamental para reavaliar os meios tradicionais e consolidar os novos modelos de omnichannel (estratégia entre os canais que pode melhorar a experiência do usuário).

“A pesquisa apontou que o consumo de artigos essenciais permanece em alta, enquanto o comércio digital surge como solução para a continuidade dos negócios. Nesse cenário, o e-commerce consolidou-se como resposta ao fechamento das lojas, sendo que muitos comerciantes incorporaram o canal digital em definitivo”, analisa o sócio líder do segmento de varejo e líder de Clientes & Mercados da KPMG para as Regiões Norte e Nordeste, Paulo Ferezin.

Com relação às tendências para o setor de varejo, o relatório mostrou também que os planejamentos plurianuais devem incorporar modelos mais flexíveis e de curto prazo. E que as decisões operacionais deverão ser mais direcionadas e embasadas por análise de dados em tempo real, com o uso de inteligência artificial.

Entre os tópicos prioritários trabalhados no relatório foram apresentados:

– O Modelo de Negócios, que enfatiza a demonstração de propósito, sustentabilidade, engajamento social, além de preocupação e cuidado com o cliente;

– O Modelo Operacional, que destaca o ato de repensar o “custo de fazer negócios”, com automação de processos por meio RPA (automação) e IA (Inteligência Artificial);

– As Mudanças de Hábitos dos Consumidores e Estratégia Lean, que visa a inovação e soluções rápidas;

– Colaboradores: com equipe de back office que fará retorno gradual, mantendo parte do trabalho em modalidade híbrida;

– Estrutura de capital: com revisão dos portfólios de lojas, categorias e sortimento, preservando resultados de curto prazo e caixa;

– Gestão de Riscos: fortalecer e/ou implementar uma política de gestão de riscos, Governança e Gestão ESG, que permitam à companhia enfrentar cenários de crise.

De acordo com a pesquisa, podem ser consideradas em processo de crescimento, as empresas que escalam o pós covid-19 com o comportamento do consumidor favoravelmente alterado durante a crise. “A análise destaca que líderes de diferentes mercados têm buscado enfrentar esse momento com resiliência, informação e planejamento estratégico, de modo a antecipar possíveis entraves e obstáculos e, assim, obter os resultados esperados mesmo em um período complexo e desafiador. O estudo aponta as especificidades dos setores abordados, incluindo as tendências, as medidas que as empresas têm adotado para mitigar os reflexos do atual cenário, os principais desdobramentos observados neste último ano, as lições aprendidas e os riscos inerentes aos mercados”, finaliza o sócio de clientes e mercados da KPMG no Brasil e América do Sul, Jean Paraskevopoulos.

Fonte da imagem: iStock