O intercâmbio varejista entre o Brasil e a Argentina

 O intercâmbio varejista entre o Brasil e a Argentina

Nesta terça-feira (dia 8), o editor-chefe da SuperVarejo, Rogério Gatti, apresentou a primeira de uma série de entrevistas que serão apresentadas pelo nosso Circuito Internacional SuperVarejo, no Instagram, durante todo o mês de junho.

E para dar início a essa série, o primeiro entrevistado foi Carlos César Garcia Baltar, cônsul geral do Consulado da República Argentina, que comentou sobre a sua atuação, o centro de promoção argentino e a relação de importação e exportação do varejo alimentar entre os dois países.

Para começar, Baltar esclarece o papel do centro de promoção do consulado, que representa na verdade uma iniciativa tomada pelo governo argentino, há mais de 20 anos,  criado para prestar serviços de complemento social gratuitos, como uma espécie de consulado reservado aos temas econômicos essenciais.

Entre os serviços, o centro de promoção atua com mercados de médio porte para o abastecimento de suas necessidades. Ao todo são 10 consulados instalados no Brasil e São Paulo é uma das poucas regiões do mundo que possui um centro de promoção argentino.

Para que se tenha uma ideia da atuação do consulado argentino no Brasil, o cônsul informou que somente no ano de 2019 eles atenderam 699 novos importadores (empresários que os contataram); agregaram 53 perfis de mercado; fizeram 51 trabalhos envolvendo inteligência comercial; geraram 64 oportunidades comerciais e participaram de 34 feiras e eventos no País.

Já em termos de importação e exportação entre o Brasil e a Argentina, os setores que mais se destacam foram o automotivo (segmento de carros e autopeças), o mercado de carnes e o de vinhos. Inclusive no caso do varejo alimentar, Baltar fez questão de lembrar que em seu país os resultados não são tão relevantes quanto no Brasil. “Na Argentina, por exemplo, os produtos que mais venderam em 2020 foram o filé merluza (U$ 65 milhões), a pêra fresca (U$ 69 milhões) e as batatas (U$ 160 milhões)”, destaca.

Hesitante em fazer projeções por conta do período de pandemia, Baltar prevê um crescimento para o centro de promoção do consulado em torno de 20 a 30%, entre 2021 a 2022, e pretende continuar focando no fornecimento de um mix diversificado com custo zero pela análise.