Em outubro, vendas do comércio paulistano crescem 21,8%

 Em outubro, vendas do comércio paulistano crescem 21,8%

As vendas do comércio paulistano reaqueceram em outubro com uma ajudinha do Dia das Crianças: levantamento do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que o varejo da capital fechou o mês com  elevação média de 21,8% na comparação com setembro deste ano.

Os números, apurados pela Boa Vista S/A, apontam que a movimentação no comércio para a data, que ajudou a incrementar as vendas nos segmentos de brinquedos e roupas, reduziu um pouco mais as perdas acumuladas em razão do fechamento do comércio nos meses de isolamento social.

Porém, apesar de ascendente, a curva econômica deve ser analisada sob o ponto de vista de recuperação. Para isso,  basta comparar outubro deste ano com igual mês de 2019 para observar que a queda é de 9,2%.

Há uma tendência de aumento gradativa no varejo da capital explicada pelo consumo das famílias que recebem Auxílio Emergencial e pela flexibilização das medidas de isolamento social.

“Tivemos uma primeira quinzena boa por causa do Dia das Crianças. O que observamos é uma melhora que se acentua mês a mês à medida que mais atividades voltam a funcionar”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Em sua avaliação, fatores como o crescimento do emprego e o impacto do Auxílio Emergencial, ainda que o valor da parcela tenha sido reduzido, contribuíram para que os índices se mantivessem em elevação.

Com pouco menos de 60 dias para encerrar o ano, o economista acredita que 2020 deve encerrar com recuperação. “Dezembro deve ficar nos mesmos níveis que em 2019. Em um cenário mais otimista, baseado na amostra da Boa Vista S/A, é possível que tenhamos uma leve alta na comparação dezembro com dezembro”, sinaliza.

RAIO-X DO COMÉRCIO EM 2020

A derrubada da economia no município e seu retorno de crescimento gradativo podem ser contados em números. Para isso, basta que se comparem percentuais fechados do mês com o mesmo período de 2019, fora do contexto da covid-19, e, logo após, com o período em que ocorreu o relaxamento do isolamento social.

Em março, por exemplo, época em que as pessoas começaram a ficar em casa, registrou-se um recuo de 27% em relação aos 30 dias correspondentes do ano anterior.

Nos meses posteriores, a ACSP apontou balanço de -63,8% e -67% (abril e maio) também comparado ao período similar de 2019. O reaquecimento da economia começa a acontecer em seguida com -54,9%, -47,7%, -33,6% (junho, julho e agosto respectivamente), em setembro (-14,6%) e em outubro (-9,2%).