Tendências para o e-commerce em 2021

 Tendências para o e-commerce em 2021

Quando se pensa em vendas digitais, as possibilidades e novidades se multiplicam o tempo todo. Afinal, o que é realmente importante levar em consideração sobre e-commerce em 2021?

SuperVarejo conversou com quem entende do assunto para facilitar a vida dos supermercadistas. Descubra!

Vantagem competitiva indiscutível

Antes de tudo, vale a pena tirar o óbvio do esquecimento. “O setor tem uma vantagem praticamente única no mundo do varejo. Em média, os consumidores vão ao supermercado três ou quatro vezes ao mês, enquanto nas lojas de vestuário essa média é de 1,8 vez ao ano e nas de eletroeletrônicos menos de uma por ano”, contextualiza o sócio e CRO da Propz, Danilo Nascimento.

Ainda que o setor de farmácias chegue mais perto, com cerca de duas visitas mensais, o executivo assegura que a alta frequência de visitas aos supermercados é bastante interessante e proveitosa do ponto de vista competitivo, inclusive em compras virtuais.

Personalização e big data

Dito isso, Nascimento também lembra que, por conta da pandemia e do isolamento social, o consumidor não só está mais digital, como também mais empoderado, exigente e engajado.

“Sendo assim, a personalização será cada vez mais importante para fazer o cliente se conectar com uma marca, independente do canal que compre”, orienta. “Os consumidores esperam uma experiência fluida e sem atritos no canal de sua preferência.”

Seguindo essa linha de raciocínio, o especialista acredita que o varejo precisa repensar sua estrutura de relacionamento e dinâmica de uso dos dados, investindo em recursos com inteligência preditiva para personalização de comunicação, de ofertas por meio do big data e programas de relacionamento que entregam aumento de vendas com margens sustentáveis. Isso já foi muito falado em 2020 e fica para este ano também.

Captura de dados certeira

“O melhor caminho para o varejista se digitalizar de uma forma ampla é por meio da captura dos dados de comportamento dos clientes. A partir do momento que esse processo passa a sustentar as decisões de negócios, o supermercadista ganha o poder de implementar estratégias robustas de ativação, relacionamento e ofertas em qualquer ponto de contato com o consumidor”, revela Nascimento.

Ou seja, quando um supermercadista quer construir uma estratégia de e-commerce sólida, que traga resultados, precisa primeiro desenvolver o relacionamento com o shopper.

“Programas que estimulam a recompra e aumentam a relevância da marca para os consumidores criam um ciclo positivo, em que o varejo entende melhor o público, reduz seu custo de aquisição de clientes e entrega ofertas e promoções relevantes. Se o supermercado não tiver domínio de sua base de clientes, e não usar ativamente esses dados, não terá sucesso no e-commerce.”

Live commerce

Se as transmissões ao vivo pela internet e redes sociais foram um dos maiores fenômenos do ano passado, as soluções de e-commerce também entraram na onda e o live commerce cresceu no varejo.

“Essa nova estratégia tem como objetivo divulgar e vender produtos por meio de transmissões de vídeo ao vivo. Elas acontecem com auxílio de apresentadores que exibem os produtos e esclarecem dúvidas. Dessa forma, espera-se que o consumidor compre imediatamente os itens exibidos”, explica o CRO da Sambatech e da Samba Digital, Mateus Magno.

Segundo o especialista, uma das grandes vantagens da inteligência é que, na mesma plataforma de transmissão, o consumidor pode finalizar sua compra. “Para supermercados é possível realizar uma live que mostre as diferentes maneiras de utilizar um determinado produto ou até mesmo como agem alguns produtos de limpeza”, sugere.  

Delivery e pontos de retirada

Junto com a rápida transformação digital do setor em 2020, outras mudanças vieram para ficar. “Por conta da pandemia, um grande número de novos usuários passou a utilizar o delivery para compras de supermercados, ao mesmo tempo as plataformas de entrega geral de produtos, como Rappi e iFood, reduziram as barreiras para a venda desses produtos no ambiente digital”, diz o head de gestão em e-commerce da Driven.cx, Ricardo Piza.

E não é só o hábito de pedir mercadorias para entrega no endereço que preferir que se cristalizou entre os consumidores do e-commerce. “Estabelecer um ponto de retirada pode ser um serviço disponibilizado aos clientes mais fiéis e que também entrega conveniência”, afirma.

Parcerias e outras ideias

Ampliando e fazendo bom uso de alguns conceitos mencionados, Ricardo Piza sugere algumas ações para serem ativadas no e-commerce e até na loja física:

– Parceiros com produtos complementares podem ser integrados ao ambiente virtual do supermercado para aumentar sua relevância e conveniência.

– Produtos de compra recorrente que não estão disponíveis no PDV no momento da visita podem ser ofertados e entregues por outros canais.

– Podem-se criar planos de assinatura recorrentes ou não baseados no comportamento do shopper no e-commerce.

– Dependendo do tamanho e tipo de compra, é possível oferecer serviços de outras empresas para realização de festas ou eventos.

– Enfim, existe um sem número de pontos de contato com os clientes e diversas formas de abordagem. Por isso é importante buscar o entendimento aprofundado do público e realizar testes para avaliar a aderência dos estímulos colhendo feedbacks, mensurando sua aceitação e engajamento