O que sobrou da lista depois de tantos aumentos?

 O que sobrou da lista depois de tantos aumentos?

Com tantas restrições e pressões por parte dos estabelecimentos para não abalar ainda mais a economia, o governador do estado, João Dória, anunciou hoje (16) a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o leite e a redução para a carne. Desde janeiro deste ano a alíquota do leite era de 4,14% e a da carne de 13,3%, que agora será reduzida para 7%. As medidas passarão a valer a partir de 1º de abril e serão permanentes.

De acordo com a pesquisa da Horus – empresa de inteligência de mercado que gera informações a partir dos dados coletados em notas fiscais -, o consumidor já vinha priorizando o consumo de algumas proteínas. Desde janeiro, por exemplo, a carne suína tinha conquistado mais espaço na cesta de compras, por ser uma das mais baratas, registrando 80% de participação na comparação entre julho de 2020 e janeiro de 2021, mesmo com o aumento de 28% no preço médio.

É claro que com a renda mais enxuta, por conta de todas as consequências econômicas que a pandemia está trazendo, para consumir mais carne o consumidor tem diminuído também o consumo de legumes e verduras.

O levantamento, realizado em todo o Brasil, revela também que o consumo de ovos tem aumentado nos últimos seis meses, assim como tem crescido o consumo de frango.

Portanto, a redução das alíquotas do ICMS deve favorecer ainda mais essa tendência de consumo, afinal, além de favorecer o cliente, no caso da carne, os estabelecimentos enquadrados no Simples Nacional, em sua maioria os açougues de bairro, voltarão a pagar 7% de ICMS na compra para revenda, ao invés de 13,3%, como Dória havia anunciado em janeiro.