Estudo aponta a existência de 5 farmácias para cada 10 mil habitantes

 Estudo aponta a existência de 5 farmácias para cada 10 mil habitantes

Sudeste tem a menor taxa, sendo 4,2 unidades a cada 10 mil pessoas, e Centro-Oeste tem a maior, 6,1 a cada grupo de10 mil

Existem cinco farmácias para cada 10 mil habitantes no Brasil. Ao todo, o País já reúne 99.816 estabelecimentos farmacêuticos. Os números são de um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Cognatis, empresa especializada em big data e analytics.

A região Centro-Oeste é a que apresenta a maior quantidade de lojas na proporção populacional, totalizando 6,1 a cada grupo de 10 mil pessoas, enquanto o Sudeste tem a menor taxa: 4,2 unidades a cada 10 mil habitantes.

Quando considerado o número geral de estabelecimentos, 36% das farmácias no Brasil concentram-se nos quatro estados do Sudeste, o que representa 35.912 unidades físicas. O Nordeste aparece a seguir, com 30%, ou 29.901 em números absolutos. Em terceiro lugar, vem o Centro-Oeste, onde se concentram 15% das farmácias brasileiras (15.186 lojas). Depois, vêm as regiões Sul e Norte, respectivamente, com 10% e 9% do total dos pontos de vendas no País, representando, em ordem decrescente, 9.847 e 8.970 unidades.

As redes farmacêuticas representam quase 20% do volume de lojas. “A presença das farmácias no mercado brasileiro mostra que algumas poucas empresas são de alcance nacional e diversas companhias têm muita força regional”, comenta Eduardo Terra, presidente da SBVC.

“Além das farmácias agrupadas em redes de atuação regional e multirregional e das farmácias individuais, é importante destacar a forte presença das redes associativistas”, acrescenta o executivo.

Gastos de clientes 

O estudo também analisou o perfil de gastos dos clientes das farmácias no Brasil. Nas classes socioeconômicas de maior poder aquisitivo, o Sudeste lidera em relação ao tíquete médio gasto, cerca de R$ 2.698,63 por domicílio. Já os estados do Sul contabilizam as menores despesas médias por domicílio entre os mais ricos, com um tíquete médio bem abaixo do líder: R$ 1.579,95 por residência.

Levando-se em conta o extrato social mais baixo (classes C1, C2 e D/E), a Região Nordeste é a que apresenta os maiores valores médios mensais. “O desembolso mensal com saúde nos lares tem uma variação fortemente atrelada à relação com a renda média regional. No Norte, o gasto médio é de R$ 160. No Sul, é 2,7 vezes maior, chegando a R$ 427”, complementa Eduardo Terra.

Na comparação entre os que gastam mais e menos nas farmácias, a realidade entre a classe A do Sudeste e a classe D/E do Sul revela uma imensa discrepância: com um gasto médio em torno de R$ 69,18, este grupo socioeconômico tem um gasto 38 vezes  menor que os habitantes financeiramente abastados.

O estudo avaliou mais de 3 mil variáveis de consumo, demográficas e de empresas do mercado varejista no Brasil.

Imagem: Shutterstock/mercado e consumo