Vendas de grandes redes de farmácias crescem 13% no 1º semestre

 Vendas de grandes redes de farmácias crescem 13% no 1º semestre

O faturamento do setor alcançou R$ 43,47 bilhões no período, com destaque para as vendas de genéricos e produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos

O grande varejo farmacêutico nacional somou R$ 43,47 bilhões de faturamento no primeiro semestre de 2023, o que representou um avanço de 13,07% em relação ao mesmo período de 2022, segundo levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que integra 30 redes farmacêuticas.

Duas categorias em particular tiveram contribuição determinante para esse resultado – os genéricos e o segmento de HPC (higiene pessoal, perfumaria e cosméticos), que tiveram aumento de 18,08% e 16,87%, respectivamente.

Segundo a entidade, a demanda por artigos de HPC demonstra a consolidação das farmácias como canais de conveniência. “Os clientes buscam resolver sua jornada de compra em um só espaço”, acredita o CEO Sergio Mena Barreto, que já projeta faturamento acima de R$ 90 bilhões no acumulado de 2023.

Os medicamentos em geral (tanto os de referência quanto genéricos), por sua vez, apesar de terem uma variação positiva menor, de 11,39%, continuam a concentrar 69% do faturamento das grandes redes.

Além disso, o levantamento mostra que o e-commerce e contratações seguem em alta. A operação digital do grande varejo farmacêutico somou R$ 2,36 bilhões de receita.

Já o volume de contratações acompanha a evolução financeira das grandes redes, que empregam 184 mil funcionários. “Com a recente aprovação da resolução que libera os testes rápidos em farmácias, a tendência é que os recrutamentos de farmacêuticos e também das equipes de apoio ganhem ainda mais fôlego”, diz Barreto.

“Embora conviva com os impactos da inflação e dos juros, os brasileiros não deixaram de frequentar a farmácia e buscar tratamentos medicamentosos, tanto que detectamos mais de 561 milhões de atendimentos neste primeiro semestre, contra 530 milhões de janeiro a junho do ano passado. Mas a população adaptou sua cesta de consumo, o que ajuda a explicar a alta dos genéricos”, completa o CEO da Abrafarma.

IMAGEM: Marcos Peron/DC