Uma posição igualitária entre homens e mulheres, será?

 Uma posição igualitária entre homens e mulheres, será?

Em pleno século 21, onde existe uma presença feminina de peso no sustento das famílias brasileiras e na escolaridade, elas ainda são a minoria quando o assunto é a desigualdade de gêneros dentro das empresas. E a pesquisa “Representatividade das Mulheres nas Empresas”, realizada pela TRIWI, consultoria em marketing digital, infelizmente revela isso: apesar do alto nível de escolaridade das mulheres (79% com nível superior ou acima), apenas 27,4% das empresas de todo o País contam mais de 51% delas no seu quadro de funcionários.

E o levantamento – realizado no mês de agosto com 2.542 empresas de diferentes segmentos em todo o País – não para por aí. Quando a pergunta é sobre o percentual de mulheres negras dentro das empresas, a pesquisa aponta que 46,8% contam com apenas 10% do quadro de funcionários representados por elas, seguido pelo alarmante resultado de que 24,2% das empresas não contam com nenhuma mulher negra neste quadro.

Ou seja, ainda existe um abismo enorme na cultura das empresas brasileiras que precisa ser mudado para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades profissionais que os homens, e o primeiro passo é criar políticas corporativas focadas nesse problema. “Gostaríamos de usar nossa inteligência em dados para mostrar a representatividade das mulheres no mercado de trabalho. Eu e a minha sócia queríamos trazer a realidade das empresas e o quão elas têm se dedicado para que elas tenham as mesmas oportunidades e condições que os homens, mas, infelizmente, as mulheres ainda não têm a mesma oportunidade que eles. A pesquisa ainda apontou que as empresas não implementaram nenhum tipo de canal de denúncias de assédio para que elas tivessem algum apoio ou fossem escutadas, ou que tivessem alguma ajuda profissional”, explica Ricardo Martins, CEO e principal estrategista da TRIWI.

Outra questão abordada foi: qual o percentual de mulheres que ocupam o cargo de chefia? E a resposta foi que 27,4% das empresas entrevistadas não possuem mulheres em cargo de chefia e 32,3% contam com até 10% de mulheres no comando.

Sobre as mães no mercado de trabalho e a diferença de salários, o levantamento revela que 35,5% das empresas possuem pelo menos 10% do quadro de funcionários de mães e que em quase metade das corporações (48,4%), as mulheres ganham menos que os homens.

Portanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido pelas mulheres dentro das corporações. “Há empresas muito tradicionais, em que mulheres não são escolhidas para ocupar cargos de alto escalão, mesmo possuindo as qualificações necessárias”, completa Tricia Martins, Co-fundadora da TRIWI.