População Lgbtqia+ não se sente representada no varejo

 População Lgbtqia+ não se sente representada no varejo

Depois de uma série de assuntos divulgados aqui (conforme os links abaixo) com a entrevistada Valéria Rodrigues, CEO da Shopper Experience, sobre os negros ou as pessoas com deficiência que ainda enxergam vários entraves nas relações com o varejo, agora é a vez de entendermos, neste Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (17), como a população Lgbtqia+ gostaria de ser tratada pelo varejo.

De acordo com a pesquisa Diversidade e Inclusão – o papel das marcas, realizada pela Shopper Experience, 45% dessa população menciona ter sofrido algum tipo de discriminação ou preconceito dentro de uma loja do setor de varejo. No caso dos supermercados, o indicador apontou um registro de 20%. “É importante que as empresas entendam o papel dos seus atendentes e demais colaboradores, já que há um sentimento de discriminação por parte de 30% deles, lembrando que isso costuma ser praticado principalmente pelos  funcionários, atendentes e gerentes. Por isso é tão importante a conscientização do papel inclusivo no ambiente do varejo”, destaca Valéria.

Em termos de representatividade das marcas, 42% dos entrevistados se sentem representados nas propagandas, enquanto 38% deles já deixaram de frequentar algumas lojas por causa disso ou de comprar uma determinada marca. “Alguém ainda se encomodar com a presença do público Lgbtqia+ em um loja de supermercado, em pleno 2021, é inadmissível. E apesar de se tratar de dores específicas, os negros ainda são os que mais sofrem preconceitos na comparação com os clientes Lgbtqia+ porque este ainda é mais incisivo na sua postura de deixar de frequentar um estabelecimento se não se sentir bem dentro dele. Ou seja, o público Lgbtqia+ ainda se mantém mais firme no seu propósito de fazer valer os seus direitos e necessidades, conforme a pesquisa”, esclarece a executiva.