Páscoa deve movimentar R$ 3,44 bi em vendas no varejo, diz CNC

 Páscoa deve movimentar R$ 3,44 bi em vendas no varejo, diz CNC

Itens importados ganharam mais espaço no mercado. A confederação aponta que as compras externas de chocolate devem crescer 21,4% em relação a 2023. No caso do bacalhau, a alta será de 61,9%

O comércio projeta faturar R$ 3,44 bilhões com vendas relacionadas à Páscoa neste ano, alta de 4,5% na comparação com igual data de 2023, já descontada a inflação. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Se confirmada a expectativa, será o quarto ano seguido de alta nas vendas. A trajetória de crescimento, que vinha sendo observada desde 2016, foi interrompida em 2020, ano em que se iniciou a pandemia de covid-19.

O levantamento da CNC abrange itens de grande consumo na Páscoa, como chocolate, bacalhau e vinhos.

Quatro estados devem responder por mais da metade (51%) do total de vendas esperadas: São Paulo (R$ 948,08 milhões), Minas Gerais (R$ 352,57 milhões), Rio de Janeiro (R$ 243,19 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 194,18 milhões).

Já em relação à evolução anual do faturamento, os maiores destaques são Santa Catarina e Minas Gerais, com crescimentos de 7,4% e 7,2%, respectivamente.

O levantamento da CNC aponta que a Páscoa deste ano vem acompanhada de grande alta de importação de itens típicos do período. As compras externas de chocolate devem alcançar 3,35 mil toneladas, avanço de 21,4% em relação a 2023. No caso do bacalhau, deve haver um crescimento mais significativo, 61,9%. São 7,12 mil toneladas, a maior importação registrada desde o início do levantamento, em 1997.

A pesquisa da CNC aponta que os preços dos produtos e serviços típicos estarão 5,2% mais caros este ano. Essa “inflação da Páscoa” é superior à inflação oficial acumulada no país em 12 meses, 4,5%.

A lista de itens inclui chocolate, pescado, bacalhau, bolos, azeite de oliva, refrigerante e água, vinho e alimentação fora de casa. O único que deve chegar mais barato este ano é o bacalhau, com recuo de 3,2% no preço.

Já o grande vilão é o azeite de oliva, que ficou 45,7% mais caro em relação à última Páscoa.

De acordo com a CNC, a valorização do real frente o dólar ajudou a tornar mais baratos preços de produtos importados. A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2023 se situava em R$ 5,20, atualmente se encontra perto dos R$ 5 – um recuo de quase 4,3%.

IMAGEM: Felipe Denuzzo/DC