O que a Páscoa reserva para os supermercados?

 O que a Páscoa reserva para os supermercados?

Owner selling easter egg in a store

Uma pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) mostrou que a expectativa de vendas para a Páscoa de 2021 teve um aumento nominal de 5,5% em relação ao ano passado. Esta alta se deve à similaridade do cenário de pandemia vivido no mesmo período do ano passado, apesar do levantamento ter sido feito antes dos últimos decretos municipais realizados em todo o estado de São Paulo.

Por isso, como forma de driblar a crise econômica e atender melhor as exigências dos consumidores, os supermercadistas estão adotando algumas estratégias referentes às vendas dos produtos principais, símbolos desse período, como o pescado e os ovos de chocolate. Entre as adaptações do setor estão:

– A diminuição de encomendas dos ovos de chocolate acima de 750 kg e 1 kg, devido ao menor giro;

– O aumento nas encomendas de ovos menores, de até 170 gramas;

– A diminuição do uso de parreiras de ovos e melhor uso de ilhas de produtos;

– Maior encomenda de barras e caixas de chocolate.

Para o presidente da APAS, Ronaldo dos Santos, o setor observa uma continuidade no crescimento também das vendas dos produtos mais baratos e menores, como bombons e caixas/barras de chocolate. “Entramos em 2021 com os preços dos alimentos pressionados por 2020. Devido a elevada variação dos preços nos últimos 12 meses, o grande desafio do supermercadista é conseguir manter a margem e o preço competitivos”, afirma.

A Páscoa continua sendo a segunda melhor data de vendas do varejo alimentar brasileiro, perdendo apenas para o Natal. Portanto, o levantamento da APAS aponta inclusive uma inflação de 7% nos ovos de Páscoa em comparação com o ano anterior, considerando as marcas comercializadas no setor.

Na análise dos 25 produtos típicos sazonais, 21 estão com resultados menores que a inflação registrada nos últimos 12 meses (15,05%). E entre os pescados, o peixe que menos subiu foi o Cação, com 8,13%, sendo a merluza a que mais subiu, com 19,21%.

Já a inflação sobre o chocolate está diretamente relacionada a sua produção, que depende dos preços dos insumos como cacau, leite, energia elétrica, mão de obra e açúcar, além do valor agregado.