O papel atuante das marcas na autoestima feminina

 O papel atuante das marcas na autoestima feminina

O estudo global What Women Want, aplicado pela multinacional Kantar, líder em dados, insights e consultoria, na América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México), revela que atualmente as marcas desempenham um importante papel na construção da autoestima feminina. Para se chegar a essa conclusão foram analisados os setores em que as marcas impulsionam mais igualdade.

No caso do Brasil são as marcas de moda que mais ajudam, de acordo com 64% dos entrevistados, enquanto no México e na Colômbia são as de alimentos, com 81% e 76% respectivamente. Na outra ponta estão as marcas de cerveja, que para boa parte dos respondentes são as que menos trabalham pela igualdade de gênero: 43% delas disseram isso das marcas brasileiras, 56% das mexicanos e 52% das colombianas.

Por essas razões, a comunicação das marcas terá um peso muito importante no papel da mulher, nos próximos anos, e será essencial que elas trabalhem um pouco mais para promover a inclusão, a igualdade e a diversidade, gerando mudanças notáveis na sociedade latino-americana.

Autoestima das mulheres

A autoimagem da mulher ainda é consideravelmente mais baixa que a do homem e o levantamento comprova isso: 13% delas têm baixa autoestima, enquanto entre eles esse percentual é de apenas 9%.

O que se considera como autoestima, pelo estudo, é a percepção e o valor que damos a nós mesmos, e como nos sentimos em relação à aparência, habilidades, condutas, autonomia etc. O papel das mulheres evoluiu de maneira significativa nos últimos anos, mas isso ainda é menor se comparado ao homens. Somente 38% das latinas têm autoestima acima da média, com destaque para as colombianas, que chegam a 52% nesse quesito.

Brasil

A autoestima das brasileiras caiu em 2021. Considerando todas as faixas etárias, a diminuição em relação a 2019 foi de 7 pontos, caindo de 28% para 21%. Já entre as mulheres de 30 a 44 anos foi bem mais acentuada. As que tinham alta autoestima passaram de 31% para 16%.

Nas demais gerações, a autoestima que já era acima da média subiu ainda mais. Dos 18 aos 29 anos foi de 22% para 25% e para quem tem mais de 45 anos cresceu de 33% para 46%.

O estudo da Kantar considerou cinco dimensões que impactam a autoestima de uma pessoa. Os resultados das mulheres latino-americanas foram os seguintes:

– Autonomia sexual e corporal – 25% se sentem confortáveis e livres para decidir sobre seu corpo e sua sexualidade;

– Liberdade de pensamento e expressão – 23% conseguem fazer com que seus pontos de vista sejam ouvidos e respeitados;

– Autonomia financeira – 22% são livres para gastar seu dinheiro como quiserem;

– Conexões sociais – 15% possuem uma rede de pessoas com as quais podem contar;

– Representatividade e visibilidade – 14% veem pessoas públicas que sejam exemplos positivos e com as quais se identificam.