NRF 2021: as lições que a pandemia deixa para o varejo

 NRF 2021: as lições que a pandemia deixa para o varejo

Assim como os principais setores precisaram se adaptar à pandemia, a National Retail Federation, mais conhecida como NRF 2021, aconteceu de forma totalmente virtual e, de certa forma, mais didática por conta disso, já que o evento se estendeu por seis dias intercalados entre 12 e 14, 21 e 22 de janeiro.

Para o convidado da live da SuperVarejo desta terça-feira (dia 2), Mauricio Morgado, sócio da Morgado & Vitelli Consultoria e coordenador do FGVcev – Centro de Excelência, que acompanhou todo o evento, a pandemia deixou basicamente três lições de casa para os varejistas de todos os setores, que vieram para ficar:

1)      A integração entre as lojas físicas e online como modelos de oportunidades para os varejistas e fornecedores. “É certo que as lojas físicas não vão desaparecer, mas elas tendem a se transformar em um espaço de complemento às vendas online, com espaços que ofereçam uma espécie de indústria do entretenimento, onde o cliente pode se divertir e ter experiências que vão além das compras de itens padrões, que continuarão sendo feitas pela internet”, antecipa.

2)      As empresas precisam continuar focando em pessoas e isso inclui não só os consumidores como também os colaboradores, já que eles são os responsáveis por todo o atendimento. “É preciso vender bem o propósito e posicionamento da empresa, e deixar clara a sua razão de existir com ênfase na necessidade de manter a comunicação entre as equipes”, defende.

3)      Durante toda a NRF também foram citadas três tendências que estão interligadas e se tornaram um verdadeiro mantra dentro do evento: o uso das redes 5G que tornarão as compras mais ágeis e as relações de trabalho remoto mais próximas, com ambientes mais interativos; o aumento do uso de inteligência artificial, que vai poder ser aplicada, por exemplo, no reconhecimento de padrões, com ofertas personalizadas, feitas de forma mais estruturada; e a predominância da internet das coisas no varejo, que poderá ser aplicada cada vez mais no controle do estoque, informações e dados que auxiliem na satisfação dos clientes.

“Sem dúvida a pandemia trará impactos para todo o varejo se considerarmos que os trabalhos remotos farão parte da nossa realidade , que o uso de inteligência artificial será uma necessidade e que o varejo precisará se antecipar cada vez mais às necessidades dos clientes, com ofertas personalizadas”, conclui Morgado.