Inteligência artificial no supermercado? Por que não?

 Inteligência artificial no supermercado? Por que não?

A humanoid robot with a shopping trolley is shopping at a grocery store. Future concept with robotics and artificial intelligence. 3D rendering.

Que a pandemia tem tornado o varejo cada vez mais multicanal isso é fato. Ela não só acelerou esse processo como também tem impactado em toda a cadeia de suprimentos para que isso ocorra. Por conta disso, o Change Experience, evento online da IBM realizado esta semana (dia 18), trouxe alguns insights que valem a pena ser considerados por toda a cadeia alimentar.

Na palestra de Luiza Trajano, do Magazine Luiza, por exemplol, ficou claro o quanto o varejo vai precisar inovar para continuar oferecendo as experiências que os clientes esperam e isso, segundo os participantes, passam por investimentos em tecnologias como a computação em nuvem.

Por trás da famosa Lu, influencer digital que representa o Magalu nas redes sociais, é utilizada a inteligência digital do IBM Watson, que está na IBM Cloud, e que rendeu à varejista 1,4 milhão de atendimentos por mês, com média de 8,5 milhões de interações, somente no primeiro semestre deste ano.

“Se tomarmos como exemplo toda a agilidade e integração que o Magalu tem feito nos últimos meses, conseguimos perceber claramente que o processo de digitalização junto com o uso da nuvem híbrida (para agilizar e aplicar velocidade aos negócios), somados ao uso de inteligência artificial, já são algumas das principais demandas do varejo hoje. Por isso o cloud possui um papel fundamental dentro de toda essa transformação digital”, defende Wagner Arnaut, CTO IBM Cloud & Cognitive Software da IBM Brasil, durante o evento.

Para se ter uma ideia do cenário, recentemente o IBM Institute for Business Value (IBV) realizou uma pesquisa com mais de 14.500 pessoas em todo o mundo, e constatou que a pandemia levou os consumidores a explorar diferentes ferramentas e serviços. Muitos deles disseram inclusive que pretendem continuar usando todas elas no futuro.

No caso do Brasil, 58% dos entrevistados fizeram pelo menos um pedido, por meio de um aplicativo móvel, durante a pandemia. E no mundo, cerca de 2,14 bilhões de pessoas também devem comprar bens e serviços online até 2021.

Benefícios para os supermercadistas

Especificamente para o setor, Arnaut acredita que a nuvem pode oferecer maior flexibilidade e disponibilidade tanto para os supermercados físicos quanto virtuais.

“Já temos visto totens que podem auxiliar os clientes com informações sobre um determinado produto que eles não estão encontrando. Os pontos digitais também podem contribuir com interações e esclarecimentos de dúvidas, em forma de assistentes virtuais, sem necessariamente serem utilizados apenas para a verificação dos preços. Além disso, uma loja pode utilizar um assistente 5G, com mais capacidade de processamento de informações, entre outros dados sobre os produtos ou a checagem dos padrões de comportamento dos clientes”, detalha o executivo, a respeito das vantagens que o uso da nuvem e da inteligência artificial podem oferecer no próximo ano.