Quase 95% da atividade econômica do RS foi afetada por enchentes, aponta Fiergs
As influências da pandemia nas operações de créditos
Dados oficiais da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e do Banco Central (BC), reunidos no período de 01 de março a 23 de outubro deste ano, revelam que as concessões de crédito já somam R$ 2,6 trilhões, incluindo as contratações, renovações e suspensão de parcelas.
Mesmo com o aumento do risco nas operações de crédito e a expectativa de aumento da inadimplência, que já se refletiu na forte elevação das provisões, as taxas de juros e os spreads bancários também recuaram, entre os meses de fevereiro e setembro de 2020. Neste período, a taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 18,1% ao ano (-5,0 pp). E o spread médio das operações de crédito caiu de 18,6% para 14,2% (-4,4 pp).
Entre os resultados, se forem consideradas apenas as operações no segmento livre de crédito para Pessoa Jurídica, a soma já chega a R$ 226,6 bilhões. No caso de Pessoa Física, os números de outubro consideraram o imobiliário, mas não as operações de crédito rotativo.
Além disso, no período de 16 de março a 23 de outubro, o setor já renegociou 15,6 milhões de contratos com operações em dia, e registrou um saldo devedor total de R$ 917,6 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 127,6 bilhões.
De maneira geral, esses valores trazem um “alívio financeiro imediato” para as empresas e consumidores, que passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar as suas prestações, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com a prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 69,6 bilhões).
No período de março a outubro, o setor bancário já fez concessões de crédito para as micro e pequenas empresas de cerca de R$ 247,8 bilhões, incluindo novos contratos e renovações. Neste mesmo período, o setor renegociou 1,68 milhão de contratos de micro e pequenas empresas, no valor total de R$ 101,3 bilhões, com carência entre 60 a 180 dias do pagamento, com alívio no pagamento de parcelas de R$ 17,1 bilhões. Esta postergação permitiu que estas empresas mantivessem esses recursos em seu poder para honrar outros compromissos.