As influências da pandemia nas operações de créditos

 As influências da pandemia nas operações de créditos

stack of multicolored credit cards on black background

Dados oficiais da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e do Banco Central (BC), reunidos no período de 01 de março a 23 de outubro deste ano, revelam que as concessões de crédito já somam R$ 2,6 trilhões, incluindo as contratações, renovações e suspensão de parcelas.

Mesmo com o aumento do risco nas operações de crédito e a expectativa de aumento da inadimplência, que já se refletiu na forte elevação das provisões, as taxas de juros e os spreads bancários também recuaram, entre os meses de fevereiro e setembro de 2020. Neste período, a taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 18,1% ao ano (-5,0 pp). E o spread médio das operações de crédito caiu de 18,6% para 14,2% (-4,4 pp).

Entre os resultados, se forem consideradas apenas as operações no segmento livre de crédito para Pessoa Jurídica, a soma já chega a R$ 226,6 bilhões. No caso de Pessoa Física, os números de outubro consideraram o imobiliário, mas não as operações de crédito rotativo.

Além disso, no período de 16 de março a 23 de outubro, o setor já renegociou 15,6 milhões de contratos com operações em dia, e registrou um saldo devedor total de R$ 917,6 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 127,6 bilhões.

De maneira geral, esses valores trazem um “alívio financeiro imediato” para as empresas e consumidores, que passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar as suas prestações, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com a prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 69,6 bilhões).

No período de março a outubro, o setor bancário já fez concessões de crédito para as micro e pequenas empresas de cerca de R$ 247,8 bilhões, incluindo novos contratos e renovações. Neste mesmo período, o setor renegociou 1,68 milhão de contratos de micro e pequenas empresas, no valor total de R$ 101,3 bilhões, com carência entre 60 a 180 dias do pagamento, com alívio no pagamento de parcelas de R$ 17,1 bilhões. Esta postergação permitiu que estas empresas mantivessem esses recursos em seu poder para honrar outros compromissos.