Impostômetro: em menos de dois meses arrecadação chega aos R$ 500 bi

 Impostômetro: em menos de dois meses arrecadação chega aos R$ 500 bi

Este é o montante que entrou nos caixas dos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano segundo o painel da ACSP

O Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que estima a arrecadação de impostos, taxas e contribuições nas esferas federal, estadual e municipal, chega aos R$ 500 bilhões nesta quarta-feira, 23/02.

Este ano, o montante foi registrado com quatro dias de antecedência na comparação com 2022, o que mostra que a arrecadação acelerou seu ritmo.

De acordo com Marcel Solimeo, economista da ACSP, houve crescimento na arrecadação em razão do aumento nos preços e inflação acumulada para o período.

“A alta de impostos que tivemos aconteceu pelo aumento da inflação, que incide diretamente nos preços dos produtos e eleva a arrecadação”, explica Solimeo.

Vale lembrar que o arranjo tributário brasileiro é voltado para onerar o consumo, o que causa distorções sociais pois a tributação sobre o consumo acaba comprometendo um percentual maior da renda dos pobres.

A tributação sobre o consumo envolve o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte e Comunicação (ICMS), o Imposto Sobre Serviços (ISS), a contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).