A importância de inovar dentro do varejo digital

 A importância de inovar dentro do varejo digital

A partir da virada do século, o desenvolvimento da internet passou a potencializar as interações interpessoais em ambiente digital, o que ocasionou no surgimento de padrões hoje, convencionais, como as redes sociais, a comunicação interativa e, o mais importante para o setor do varejo, os e-commerces. Diante disso e das novas necessidades causadas pela pandemia, Farias Souza, CEO da Vércer, entrevistou nesta quarta-feira (26), Rogério Gatti (foto ao lado), editor-chefe da SuperVarejo, para abordar o futuro do varejo na modalidade e a sua aderência aos meios digitais.

Para começar, ambos concordaram que diferente da maneira como o e-commerce era enxergado no passado, como um diferencial, hoje ele é uma necessidade, inclusive em termos de omnicanalidade e de estratégicas de negócios. Portanto, diante de um cenário cada vez mais competitivo, por exemplo, na velocidade de entregas e automatização do atendimento, Gatti afirma que o mercado anseia por inovação. “Por isso, inclusive, um dos temas que trataremos na próxima edição da Revista SuperVarejo é o fato de que inovar deixou de ser uma opção. É inviável para o varejista esperar por novos resultados com as mesmas abordagens de sempre.”

Para evitar esse tipo de situação, o editor enfatizou a importância de ser ter um melhor aproveitamento, por exemplo, das ferramentas de CRM, que segundo ele, ainda representa um dificuldade para muitos supermercadistas: “Ainda acontece de muitos estabelecimentos possuírem um grande amontoado de dados coletados sem saberem o que fazer direito com essas informações. Portanto, para uma mudança efetiva é preciso se basear, por exemplo, nos resultados obtidos a partir dos horários ou do tíquete médio”, sugere.

Além disso, durate o bate-papo foi possível perceber que muito do atual comportamento de consumo se deve ao surgimento de um novo público, que busca fazer uma compra mais direcionada e direta nos ambientes digitais, prezando majoritariamente por praticidade. “Esse grupo consome o que quer, na hora que quer. Não dá mais pra determinar em que momento um determinado grupo terá acesso a determinado conteúdo. Por conta disso, é necessária a exposição de uma gama de elementos disponíveis para quem tiver interesse em acessar no seu tempo”, afirma Gatti.

Ainda assim, o jornalista reforça que essa adequação não significa que as lojas físicas — geradoras de renda maior que os e-commerces — perderão sua força no setor: “É necessário enfatizar abordagens nos ambientes físicos e digitais, pois são meios diferentes para públicos muitas vezes distintos. Então, tudo depende da região e da intenção, porém a boa experiência de compra deve ocorrer nos dois canais, tanto digital quanto presencial”.

Por isso, aproveitando o espaço e a importância de inovar inclusive, “dentro de casa”, o editor fez questão de antecipar também, em primeira mão, o lançamento da revista interativa da SuperVarejo, no mês de junho. “É preciso sempre estar atento também às tendências e necessidades dos nossos leitores, por isso, a nossa edição digital trará uma série de novidades como, por exemplo, podcasts, quizzes e infográficos detalhados, entre outros conteúdos. Aguardem”. Fica a dica.