Foodtechs são o novo elo da cadeia alimentar

 Foodtechs são o novo elo da cadeia alimentar

SSUCv3H4sIAAAAAAAACnRV247bOAz9lYDP0UD3S96KbbtA0QUG2Id9aBaFZMkTY2wr8KXbIph/X8pOC2cyfaNJijo8OqQvEPzYVHC4QNO28zgNfmpyDwe6hyH1MQ2L+W0Qmi5Wis2Uh8a3y1fwU3XqfZfg0M9t+7KHcfLTPKaxVDznPio4cLOHmM55bKbzKU95XF3jaZ6mNIxTrp5Xj29992M1q9zmeQj5OxwYXtM8LWnLcTiIPTAuhvqa6vttsLjSj5S65aSPOaTNFefm++RXs8ul09SmLvUTYhKIvvJTesL2VvxXar5cih8O8HfVpL5KgNjngN9/NWOV2tb3Kc8jvOx/5n3MOe58H3fvh6Z//l36v4juCethx5cXvHtAKH5h7gtEVutKMkWUYpzIyAPxMjlCo5E1Y6HWkWJd60StZKVJ8FESyWqFaawmnHHjTAjaSINpnFqvmdeEMa6JlNoQS40kNIjIKquYdxrTBNXUMOVJpMETabCQrylaSdYmRBuMrABRP/+Hz9YVhhC1n2ODrF/gW658e6XxPDRV0z+tGXk6FRUhOXnupwHbBbyszfnsQ4vCqfFY2sPJjyMmxKujPAbKMXdrkT5PhZlyMuIbocUE104Ka60RVFFDSwur+k4NHiwXXWA+t9nHhFUv0DXVkFepoNJRHpoLzpQRRRerVBcXN5KxO8luQ7fS3UauEt66tlLeuF9pehu6ivumyK3It6GfYt+i2Kj+6ldC/FL/6rJU2fspuMa402WY59A12OlC3w0qy8z9VG9DN4SWcm+ztkZucS2u3+BSwt63JyjKnb5JkqCo49t3kcZJbt98AG20s7IM4xJp4rhpHOLgn/JYYWND8pzhtFDBHdzRANIYrrQ2ZUSvPABTShgmjYDXRABz1jhtFJXwiwowmiuleSnxmgpghsqie7ilAnAaBHZMS+AVF+C4M1JLW86sXECltHUsBBJEcEQq5YhnQRJbpeQizvodRyC5YArxctx20KAsQCXno9OMRCkqIqmMJEjKiQ5Ge8eZD8pjoXUOS40yzXUeumVTDn5EIpZ1gNvj7KcTOj8cjkf2sPsnD8+4RHaPC63Ho3bo/Phh99mHjH8pHPAd2T3iOp0wiKH3yNHx+I5a95Uyqpig5usfVOsHynBXWMMePj3+CS//AwAA//8DALkacqnyBgAA

No Brasil há pelo menos 335 startups nesse setor, divididas em categorias como: superfoods, delivery e logística e cozinha inteligente

Produzir alimentos mais saudáveis e estimular produções com alto grau de sustentabilidade e diversificação. Para contemplar exigências cada vez maiores dos consumidores, os agentes que integram toda a cadeia alimentar, desde a produção até a mesa do consumidor, contam com número maior de aliados. Entre eles, as foodtechs – empresas e projetos que utilizam tecnologias de ponta para transformar a indústria agroalimentar em um setor mais moderno e em consonância com as novas tendências tecnológicas, como big data e internet das coisas (IoT).

“As foodtechs são consideradas startups focadas para fora da porteira no mundo agro. Elas são muito importantes para o desenvolvimento do setor, pois estão mais próximas do consumidor e conseguem entender melhor as tendências e exigências do mercado”, explica Felipe Camargo, consultor sênior de Digital Date & Analytics do Centro de Excelência em Agronegócios da EY.  

“Com as foodtechs vieram as inovações tecnológicas, que são responsáveis pelos novos hábitos da população, que tem buscado praticidade, qualidade de vida e dos produtos”, completa Camargo, destacando que há um “boom” no mercado de proteínas alternativas (carnes elaboradas a partir de vegetais, por exemplo) e fermentadas, lojas de produtos frescos e market place de comidas prontas e saudáveis.

Nos últimos dez anos, mais US$ 1 bilhão foram investidos em foodtechs no país, segundo relatório elaborado pela plataforma Distrito. Atualmente, pelo menos 335 startups nacionais estão em operação no setor, divididas em diversas categorias, tais como: superfoods, delivery e logística, cozinha inteligente & restaurante tech e serviços de apps. 

A maior parte das foodtechs se concentra no setor de superfoods: uso de tecnologia para a criação de novas categorias de alimentos e bebidas, por vezes associadas ao uso de matéria-prima alternativa para se chegar a um novo produto para a indústria de alimentos. Nessa área se classifica, por exemplo, as recentes empresas que desenvolvem carnes vegetais. 

Camargo destaca a importância cada vez maior das foodtechs com dados sobre a alimentação da população mundial, nos próximos anos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), até 2050 a população do planeta chegará a 9,6 bilhões de pessoas, que consumirão cerca de 30 bilhões de refeições por dia. Para suprir essa demanda, a produção mundial de alimentos deve crescer 70%, o que representa um gigantesco impacto ambiental e social.

“Apesar das grandes quantidades de características positivas, podemos também notar desafios da sustentabilidade alimentar que causam grandes impactos ao setor”, diz Camargo, citando questões como: alto consumo de energia nas produções, combate ao desperdício de alimentos e degradação dos ecossistemas, empobrecimento do solo e comprometimento dos recursos hídricos.