Cresce consumo online entre brasileiros acima dos 65 anos

 Cresce consumo online entre brasileiros acima dos 65 anos

Estudo mapeou o comportamento das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia

O Brasil tem presenciado uma mudança significativa nos perfis de consumidores de redes sociais. E as gerações mais velhas se tornaram mais frequentes nas mídias digitais.  O Facebook, por exemplo, passou por um aumento significativo na proporção de adultos com mais de 65 anos acessando a rede social, passando de 47 milhões de usuários, em 2015, para 53,4 milhões em 2022, o que representa 7% dos usuários da plataforma.

Os dados fazem parte do estudo Beyond Age, produzido pela divisão de mídia da Kantar, com informações do Target Group Index, para mapear o comportamento das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia. Os brasileiros foram divididos em quatro grupos etários: Baby Boomers (1946-1964), Geração X (1965-1980), Millennials (1981-1996) e Geração Z (1997 em diante).

Já a representatividade do grupo de 12 a 19 anos caiu de 22% para 11%, enquanto os usuários de 20 a 24 anos foram de 14% para 11%. Isso mostra uma nova percepção do público online, sendo que os mais velhos agora são parte do mainstream de consumo e não mais uma minoria para o mercado.

Universo digital

Outras plataformas também apresentaram um movimento dos públicos mais velhos superando o aumento dos grupos mais jovens. Os dados relativos ao período entre 2015 e 2022 mostram que os maiores crescimentos percentuais se deram exatamente entre os 65+. Neste intervalo, o crescimento foi de 255% no Facebook, 886% no YouTube, 707% no WhatsApp e 4937% no Instagram.

A idade também pode ser um bom parâmetro para mensurar atitudes. Segundo o estudo Beyond Age, os brasileiros se tornam mais contrários a correr riscos ao longo do tempo – 54% da faixa etária entre 25 e 34 anos está disposta contra 33% entre 55 e 65 anos.

Certos eventos vividos em um período de 12 meses também são mais prováveis de acontecer em determinadas gerações. Por exemplo, sair da casa dos pais ou terminar a escola são voltados para públicos mais jovens, enquanto quitar o financiamento de um imóvel é mais provável de acontecer com um consumidor mais velho.

Quando o assunto é relação com a renda, por sua vez, os resultados são bastante similares em todas as faixas etárias. 58% dos brasileiros de 25 a 34 anos concordam com a frase “Como eu gasto meu tempo é mais importante do que o dinheiro que ganho”. Entre o público de 55 a 65 anos, a taxa é de 55%.

Imagem: Shutterstock