Como promocionar na Black Friday mais digital da história?

Falta pouco para começar a já intitulada Black Friday mais digital de todos os tempos e o que não faltam são perguntas na linha “vale a pena aderir?” e “qual é a melhor estratégia para os supermercados entrarem nessa?”.

Para apoiar os leitores da SuperVarejo, dividimos essas e outras questões com o head de estratégia da Driven.cx, Alexandre Marquesi, que atua em um grupo consultivo independente para corporações de grande porte e projetos de transformação digital autorais na nova economia.

“Este ano, a Black Friday representa a retomada do varejo para a compra de produtos, para a volta de uma vida nova e de forma normal. O surgimento da covid trouxe consumidores que não conheciam ou mesmo tinham medo da compra online. Esse novo público, que não estava presente no mundo digital até então, está direcionando as empresas para esses novos caminhos do e-commerce”, contextualiza.

O setor supermercadista e o novo cenário

Marquesi acredita que, em meio a tantas mudanças ocorridas ao longo do ano, os supermercados evoluíram, e muito, com o crescimento das plataformas de compras online. “O posicionamento do segmento se torna uma realidade para uma vida em que as pessoas precisam muito desse serviço.”

Entretanto, ele sublinha que, para lucrar, o varejo não deve exagerar nas promoções. “Aderir à Black Friday é importante, mas respeitando a estratégia do negócio. Vale, por exemplo, deslocar alguns itens que farão parte da data promocional dos demais, respeitando as margens de contribuição, para que se torne uma ação rentável.”

Aos supermercados de porte menor, que ainda estão lidando com a transformação digital e estruturando seus e-commerces, Marquesi sugere dois caminhos diferentes.

“Uma estratégia é selecionar itens que geram tráfego para a loja digital e física. Escolha seis produtos que conseguem cobrir a maioria dos seus clientes. Ou seja, identifique, nas compras dos últimos anos, quais produtos básicos os clientes compram com frequência e esses produtos serão os da Black Friday”, explica.

Outra alternativa, de acordo com o especialista, é promocionar itens de alto valor agregado que raramente entram em alguma ação do tipo.