Carrefour anuncia fundo de R$ 25 mi para inclusão social

Após o episódio ocorrido no Carrefour de Porto Alegre, que resultou na morte de João Alberto Silveira Freitas, na última quinta-feira (dia 19), a rede francesa foi desligada do projeto de Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, por tempo indeterminado. Mesmo assim, a companhia se mantém comprometida em lutar pelo combate ao racismo estrutural no País e promover ações afirmativas para a inclusão social e econômica dos negros na sociedade.

Para isso, o Carrefour anunciou a criação de um fundo, que inicialmente terá o aporte de R$ 25 milhões. O valor é adicional à doação anunciada pela empresa, que reverterá todo o resultado das vendas realizadas em todos os hipermercados da rede no país no dia 20 de novembro, conforme chegamos a falar aqui.

Depois da fatalidade ocorrida, a empresa vem se reunindo com entidades representativas da causa e com especialistas que atuam nesta frente para tentar compreender e aprender sobre como atuar, de forma concreta, na luta contra todo e qualquer tipo de discriminação, que inclui também outros públicos minorizados.

“Sabemos que não podemos reparar a perda da vida do senhor João Alberto. Este movimento é o primeiro passo da empresa para que o combate ao preconceito e racismo estrutural, que é urgente no Brasil, ganhe ainda mais força e apoio da sociedade. Acreditamos que poderemos evoluir e contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária”, afirma Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil.

Nesta quarta-feira, dia 25, a companhia pretende anunciar os seus compromissos e plano de ação do trabalho, que nortearão este fundo. As iniciativas incluem ações internas e projetos de âmbito externo com o objetivo de promover ações que envolvam seus milhares de colaboradores e também seus públicos externos.

Além disso, internamente o Carrefour realizou, nos dias 21 e 22, alguns treinamentos entre as equipes de suas lojas, com o objetivo de reforçar o seu compromisso com a diversidade e contra a intolerância e violência, e criou um comitê independente de diversidade, composto por colaboradores e especialistas externos, para elaborar ações em curto prazo que atuem na revisão dos processos da companhia e no combate ao racismo estrutural no Brasil.