Cade aprova compra da Linx pela Stone

 Cade aprova compra da Linx pela Stone

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da produtora de programas para varejo Linx pela empresa de pagamentos Stone.

No fim de maio, o relator do processo, conselheiro Sérgio Ravagnani, havia pedido prazo de até mais 90 dias para a conclusão da análise. Nesta quarta-feira, 16/06, Ravagnani negou recursos de concorrentes, entre elas a Cielo, e disse que o negócio não traz prejuízos à concorrência.

“O mercado de software tem caminhado para convergência e deve continuar crescendo nos próximos anos em decorrência da competição acirrada. O Cade está e estará atento a esses mercados”, afirmou.

Em novembro do ano passado, acionistas da Linx aprovaram a oferta de aquisição da empresa feita pela processadora de cartões Stone, em um negócio de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

NOVO MERCADO DE PAGAMENTOS

Para especialistas, a aquisição é um sinal da nova onda de movimentação no setor de pagamentos no Brasil, dentro de um cenário de crescente competição, que tem como pano de fundo o Pix e o open banking.

O que a Stone tem em mente com a aquisição é promover inovação em soluções para varejistas digitais, que poderão melhorar a experiência de pagamentos de seus clientes e também oferecer serviços bancários com sua marca.

A realidade é que a captação de pagamentos em maquininhas não apresenta mais diferencial. Ao buscar novos negócios, a Stone saiu na frente da concorrência.

Com receitas combinadas de R$ 3,6 bilhões, a fusão da Stone com a Linx cria oportunidade de gerar pagamentos no volume bruto de R$ 300 bilhões, de acordo com apresentação feita ao mercado pela empresa.