Brasil vira país do empreendedorismo

 Brasil vira país do empreendedorismo

A pandemia de Covid-19 com certeza mudou a maneira com que o mundo passou a lidar com os negócios. Ao redor do globo, vimos empresas fechando as portas e trabalhadores perdendo seus empregos. Infelizmente, no Brasil o cenário não foi diferente.
No semestre encerrado em julho, o País chegou à marca de 13,8% de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Essa porcentagem, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) representa um total de 13,1 milhões de pessoas sem emprego.

As estatísticas acompanham um ano de alta de funcionários demitidos: no 2T20, o desemprego havia fechado em 12,6%; já no 1T20 o índice estava em 11,2%. Quando comparado com o mesmo período de 2019, o aumento foi de pontos percentuais (aproximadamente 561 mil pessoas).
Por conta disso, o Brasil caminha a passos largos para registrar um número recorde de empreendedores: apenas de janeiro a setembro, a quantidade de microempreendedores individuais (MEIs) no País cresceu 14,8%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, chegando a 10,9 milhões de registros.

Segundo dados do Portal do Empreendedor (governo federal), mais de 1,1 milhão de formalizações foram registradas entre o final de fevereiro e o fim de setembro. Hoje, esse número, quando somado às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, atinge a marca de 99% das empresas privadas e 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Atividade empreendedora – Com certeza, a pandemia do novo coronavírus foi um fator que impulsionou o aumento de empreendedores brasileiros, como uma forma de buscar renda. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) estima que cerca de 25% da população economicamente ativa do Brasil estará envolvida na abertura de um novo negócio até o final de 2020.

A inovação tem sido uma grande aliada dos empreendedores neste momento, apesar do cenário adverso da economia. Segundo dados do Sebrae, até o término do mês de agosto, as vendas realizadas por pequenas e microempresas têm sido feitas majoritariamente pelo ambiente digital, como marketplaces, redes sociais, canais de comunicação e demais plataformas de comércio on-line.

Quando comparado com os dados do início do ano (maio), apenas 59% dessas empresas utilizam esses canais para fechar negócios. Hoje, o percentual chega aos 67%. Incentivos ao MPEs – Este ano, o Estatuto da Micro e Pequena Empresa completou 21 anos, sendo mais novo do que o Simples Nacional e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Fonte: Diário do comércio