67,5% das famílias estavam endividadas em abril, diz CNC

 67,5% das famílias estavam endividadas em abril, diz CNC

Em abril, as famílias endividadas totalizaram 67,5%, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O percentual representa um recorde histórico para esse indicador.

Na comparação com março, o volume de endividados cresceu 0,2 ponto percentual – a quinta alta seguida. Ante abril de 2020, o avanço foi de 0,9 ponto percentual.

Já a inadimplência tem registrado queda. Em abril, 24,2% das famílias estavam em situação de inadimplência, 1,1 ponto percentual abaixo do apurado em igual mês de 2020. Essa também foi a oitava queda mensal consecutiva.

A parcela dos brasileiros que declararam que não terão condições de pagar contas ou dívidas e que permanecerão inadimplentes também caiu ligeiramente, na passagem mensal, para 10,4%, mas teve alta de 0,5 ponto percentual em relação a abril passado.

Com relação ao endividamento, nas famílias com renda de até dez salários mínimos o percentual de endividadas cresceu de 68,4% para 68,6%.

Para as famílias com renda acima de dez salários, essa proporção teve ligeira queda, após quatro fortes altas.

Mas no caso da inadimplência, houve o movimento oposto. A proporção de famílias com renda até dez salários mínimos com contas ou dívidas em atraso caiu de 27,2%, em março, para 26,9%, em abril, atingindo a menor proporção desde janeiro de 2020.

Já no grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percentual aumentou de 12,2%, em março, para 12,3% em abril – maior proporção desde abril de 2018.

CARTÃO

Tanto as famílias de maior renda quanto as de menor renda ampliaram as dívidas feitas por meio do cartão de crédito, de acordo com a pesquisa de abril.

O cartão de crédito foi responsável por 80,9% do total das dívidas, um recorde histórico para o indicador.

Cheque especial e crédito consignado também se destacaram entre as modalidades mais procuradas na passagem mensal, assim como os financiamentos de casa e carro, pela elevada liquidez e juros ainda baixos.