4 tendências cruciais para a categoria de limpeza

Depois de 2020 os hábitos dos consumidores já não são mais os mesmos e a forma de vender os produtos da categoria de limpeza na gôndola também precisam ser atualizadas se o supermercadista quiser continuar acompanhando as atuais necessidades do shopper. Isso é mandatório, na opinião de Eduardo Bezerra, responsável pelo gerenciamento de categoria e Shopper Insights da RB Hygiene Comercia, durante o bate-papo com a SuperVarejo, na live de ontem (dia 26).

Para começar, o supermercadista precisa seguir os princípios básicos de exposição em suas gôndolas, levando em conta não somente o imediatismo, como também o volume ou os preços, mas principalmente a praticidade e as necessidades do novo shopper. “A visão a curto prazo ou a ânsia de fazer correndo o que deu certo no início da pandemia geralmente levam a decisões em torno do preço ou da promoção. Isso é importante? Sim, mas é preciso ir além, oferecendo ao consumidor opções de produtos da categoria de limpeza que realmente valham a pena porque o que representava um valor para a categoria mudou de posição. É preciso oferecer marcas que forneçam mais benefícios porque o shopper também quer passar mais tempo com a sua família ao invés de ficar esfregando o chão ou lavando uma louça, por exemplo”, esclarece Bezerra.

Ou seja, para o executivo, o shopper se tornou de fato um consumidor da categoria, obrigando toda a cadeia a ter que reavaliar a maneira como ela vem atuando. “Antes as pessoas que compravam os produtos de desinfecção não eram necessariamente as mesmas que os usavam para fazer uma faxina. Com a pandemia, o próprio shopper compra, usa e presta mais atenção nos produtos de limpeza que está utilizando. Afinal, sua casa virou um reduto e ao mesmo tempo em que ele cuida dos filhos, se exercita, trabalha, enfim.”

Por conta desse novo cenário, Bezerra aproveita para destacar quatro tendências fundamentais para a categoria de limpeza, que os supermercadistas precisam estar atentos em 2021:

1- Os hábitos de consumo do segmento de limpeza vieram para ficar. “Portanto, é preciso prestar atenção e continuar dando um espaço a mais para a sua loja. As categorias que estão trazendo os produtos de desinfecção, como por exemplo a de sanitários, devem ter uma mudança pequena este ano, já que o consumidor deve prestar mais atenção nos produtos de limpeza invisível”, recomenda.

2-Aposte em itens e marcas que ofereçam mais benefícios funcionais e sensoriais, como por exemplo: perfumação, aplicadores e tudo que seja oferecido como forma de “facilitar mais o dia a dia do shopper”.

3-O e-commerce é uma realidade. “Por isso, os aplicativos precisam estar conectados com a visão omnichannel e seus multicanais. “No paralelo é preciso melhorar também o abastecimento das categorias nas lojas”, destaca.

4-Onde posicionar melhor as categorias? Segundo o especialista, “é preciso fazer de um jeito que o cliente entenda. Ou seja, que se possa ajudar o shopper a comparar os produtos comparáveis, de forma organizada, de preferência em três etapas: reunindo os produtos para limpeza superficial, depois os de desinfecção e, por último, os de finalização. Tudo isso sem deixar de lado os pontos extras da loja, que devem ser utilizados de forma estratégica, dos assuntos macros para o micros”, conclui.