Varejo regional: os impactos do setor e suas projeções

 Varejo regional: os impactos do setor e suas projeções

Após 15 meses de pandemia, modalidades e táticas, antes observadas como inovações e diferenciais no mercado, tornaram-se fundamentais para o sustento de praticamente todos os setores, incluindo o varejista. Por conta disso, a KPMG Connect realizou hoje (27) um evento com os representantes de comércios localizados nas regiões Norte e Nordeste do País para discutir os aprendizados e as tendências do varejo daqui para frente.

Os elementos fundamentais para o setor, segundo os convidados do evento, passam por questões como intensidade tecnológica, consideração de canais e formatos, demonstração de próposito das marcas e, sem dúvida, o poder cada vez maior dos consumidores.

De acordo com pesquisa da KPMG, realizada durante o período da pandemia, 24% dos 500 CEOs entrevistados relataram que suas mudanças de integração digital foram tão profundas que acreditam não voltar mais ao “antigo normal”. Desse total, 74% deles também desenvolveram novos projetos e 69% criaram novos modelos de fluxos de receita.

Enquanto as vacinas não avançam, o stress financeiro ocasionado pelo fechamento de lojas físicas aumenta, o que pode clamar por novas reformulações. “Antes da pandemia, as nossas vendas deoe-commerce equivaliam a apenas 3% da renda do Bemol. Hoje, elas correspondem a 70%”, afirma Marcelo Forma, CFO da Bemol, uma das principais varejistas atuantes na região Norte do país.

Já para Annette de Castro, vice-presidente da Mallory, o fundamental dos avanços tecnológicos conquistados é adaptar as estruturas e qualificar os colaboradores dentro do ambiente digital: “A alfabetização digital precisa ser assegurada com o desenvolvimento das capacidades de cada um, tanto para a sociedade quanto para o ambiente corporativo”, defende.

Os ecossistemas logísticos se reinventam atualmente de acordo com as influências do costumer experience. Portanto, o período atual exige fidelizações e novas práticas de mercado. “Nesse período, é necessário pensar, por exemplo em conveniências para os clientes, como as novas formas de pagamento, sejam elas feitas por plataformas digitais ou até mesmo pelo WhatsApp Pay”, destaca Leonardo Correa, CFO da Asa.