Igualdade de gênero: uma realidade para poucos

 Igualdade de gênero: uma realidade para poucos

Na contramão da realidade brasileira, onde as mulheres receberam 77% do salário dos homens em 2019 no País, de acordo com os dados do IBGE divulgados este mês, o Grupo Reckitt, multinacional de bens de consumo em higiene, saúde e nutrição, divulgou o Reckitt Gender Pay Report 2020, em português: Relatório de Remuneração por Gênero, realizado em dez países incluindo pela primeira vez o Brasil, e constatou que o salário mediano de suas colaboradoras já é maior do que o dos homens. Além disso, a maior parte dos cargos de liderança da companhia no Brasil também são ocupados por mulheres.

O relatório analisa a diferença no pagamento mediano e no bônus entre todos os colaboradores do Grupo Reckitt em um país. Esse índice é expresso como uma porcentagem dos ganhos dos homens. No Brasil, foi constatado que a diferença salarial é de -22,7%, um número a favor das mulheres.

Até 2020, este relatório incluía dados relativos aos colaboradores de seus cinco maiores mercados em força de trabalho: Reino Unido, China, Índia, México e Estados Unidos. Neste ano, o levantamento considerou também os próximos cinco maiores mercados para a análise: Brasil, Indonésia, Polônia, Rússia e Tailândia. No total, as dez localidades reúnem aproximadamente 70% dos funcionários do Grupo Reckitt no mundo.

“No Brasil, assim como no México e nos Estados Unidos, há um número maior de colaboradores homens trabalhando na manufatura no Grupo Reckitt. Por isso, o ponto médio feminino é, normalmente, uma função mais sênior do que o ponto médio masculino. Como resultado, as diferenças salariais medianas constatadas são a favor das mulheres”, explica Gisele Jakociuk, diretora de Recursos Humanos da Reckitt Health & Nutrition Comercial.

Quando analisada a diferença de bônus mediana, a vantagem é dos homens: 39,6%. Sobre isso, Raquel Carneiro, diretora de Recursos Humanos LATAM da Reckitt Hygiene Comercial, afirma: “Embora todos os colaboradores do mesmo cargo tenham o mesmo valor-base para pagamento de bônus, este resultado nos aponta um desequilíbrio de gênero nos níveis sêniores em relação aos homens, que estamos comprometidos em resolver”.

O objetivo do Grupo Reckitt é atingir um equilíbrio de gênero global em todos os níveis de gestão até 2030, estratégia recém-anunciada sob o nome “50/50”. Como parte desse plano, a empresa está trabalhando para promover ainda mais a diversidade e a inclusão em todas as cadeias do negócio, como na contratação de novos colaboradores e a escolha de novos parceiros.

Para atingir essa meta, a companhia está realizando uma série de ações globais, que incluem: a criação de Comitês de Diversidade e Inclusão locais em todos os mercados operados pela empresa, a fim de garantir que o tema seja prioritário; treinamentos e mentorias; revisão de políticas internas para garantir que sejam justas e equitativas; continuidade da promoção das políticas diferenciadas de licença parental, que podem chegar até a um ano de licença maternidade; entre outras iniciativas.

No Grupo Reckitt Brasil cerca de 51% de sua liderança é composta por mulheres. Além de trabalhar a equidade de gênero, a empresa também possui Comitês locais de Diversidade e Inclusão, que estão comprometidos em promover avanços em temas como LGBTQI+ e cor/raça.