A comida do futuro pode ajudar a erradicar a fome

 A comida do futuro pode ajudar a erradicar a fome

Indoor agriculture specialist lifting a rack of lettuce crops to observe its growth and root structure.

De acordo com o que falamos aqui, o bate-papo da SuperVarejo com o “darwinista do futuro”, Carlos Piazza, professor, fundador da CPC (Carlos Piazza Consultoria) e Owner & Principal, rendeu tantos insights, que a gente fez questão de transcorrer os principais assuntos comentdos por ele, durante toda esta semana.

Entre os comentários sobre a transformação digital no futuro, sem dúvida, o esgotamento do solo para a produção de alimentos, associado às medidas de sustentabilidade e as preocupações que as atuais gerações têm por esses temas também foram motivos de discussão durante a live. “O futurismo nos dá algo que não tem preço: a capacidade de antecipar mudanças e enxergar o futuro para não morrer. É por isso que a tecnologia está no centro, ao mesmo tempo em que falar de transformação digital não significa falar de tecnologia, mas sim de um mundo atual que não é novo, nem estranho, porque ele já existia e era projetado, por exemplo, nas ficções. Portanto, para muitos, a realidade chegou agora, mas na verdade, estes estavam presos ao passado. As vacinas para combater o coronavírus que o digam. Elas foram produzidas em tempo recorde porque temos hoje uma tecnologia mais avançada, que nos permitiu produzi-las em menos tempo”, esclarece.

Tecnologia para a erradicar a fome

Piazza revelou também que alguns estudos ligados às produções de alimentos também vão levar as novas gerações a consumir, por exemplo, mais proteína animal, sem que ela seja necessariamente de origem animal. Ou seja, as pessoas vão poder degustar a picanha de um bicho que nunca existiu.

“Cingapura já autorizou, por exemplo, a comercialização da carne artificial do frango para o mercado local, tornando-se o primeiro país do mundo a produzir uma carne em laboratório. Mas no Brasil ainda há um conflito entre os nutricionistas e os engenheiros químicos. Isso porque a comida química oferece os insumos nutricionais que um ser humano precisa, porém os nutricionistas cuidam da comida do ponto de vista social, aquele que nos remete ao hábito selvagem de comer em bando, por confluência social e não para matar a fome”, esclarece Piazza.

De qualquer forma, segundo ele, a comida do futuro será impressa, feita através de pastas proteicas, vendidas nos supermercados e “impressas” em casa, como já acontece em alguns lugares. “Não dou três anos para algumas pessoas jogarem o seu micro-ondas fora e passarem a usar impressoras, controladas pelo celular. Isso ajudaria inclusive a evitar o desperdício de alimentos, além de ser uma comida 100% customizada, feita de acordo com os nutrientes que cada consumidor precisar ingerir”, defende.

Ou seja, de acordo com ele, é como se a comida do futuro substituísse a necessidade de remédios, por ser feita no volume e com a qualidade que cada consumidor precisar. “Provavelmente nessa velocidade desconexa entre a tecnologia e as nossas vidas, a expectativa de vida dos seres humanos do futuro subiria para cerca de 500 anos, em menos de 40”, conclui Piazza, acrescentando que essa previsão de vida, com o apoio da tecnologia, seria genial se levarmos em conta também a projeção de que até o ano de 2050 seremos cerca de 9 bilhões de pessoas no mundo e que, segundo ele, não haverá comida, da maneira como consumimos hoje, para todo mundo.