Comércio da região pode perder até R$ 16,5 milhões por dia com as novas restrições

 Comércio da região pode perder até R$ 16,5 milhões por dia com as novas restrições

Mais uma vez com as portas fechadas, devido ao retrocesso à fase vermelha do Plano São Paulo, estratégia do Governo do Estado para tentar vencer a Covid-19, o comércio da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte pode ter um prejuízo na faixa de R$ 16,5 milhões por dia.

 

Segundo estimativa do departamento econômico do Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), com base na Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da FecomercioSP, mostra que o fechamento total das atividades varejistas classificadas como não essenciais na RM Vale pode causar perdas acima de R$ 510 milhões em março, se a fase vermelha durar o mês todo.

 

Nessas projeções, estima-se que a totalidade dos segmentos como vestuário, calçados, concessionárias de veículos, móveis, eletrodomésticos, entre outros, tenham seu desempenho total de suas vendas afetado pela impossibilidade do atendimento presencial no decorrer de todo mês.

 

Na prática, a perda deverá ser um pouco menor, em razão de algumas vendas realizadas por drive thru, telefone, whatsapp, e-commerce, etc. “Mesmo com esses recursos, o prejuízo é enorme. Não há mais como sustentar o caixa das empresas, que já vem sendo sufocado há meses por essa crise. Teremos conseqüências como demissão de mais funcionários e mais estabelecimentos encerrando as atividades”, comenta Dan Guinsburg, presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP.

 

O Sincovat reforça ainda que os lojistas estão seguindo corretamente todos os protocolos de saúde, mantendo a capacidade reduzida de atendimento, uso obrigatório de máscaras para os trabalhadores e clientes, disponibilidade de álcool em gel e que, não há registros de surtos de casos dentro dos estabelecimentos comerciais.

 

“Não é o comércio que está agravando a situação. É a mesmo caso de um supermercado (que segue aberto por ser essencial) e com bem menos pessoas dentro do local. O cliente chega, faz rapidamente a sua compra e vai embora. Estamos pagando caro pela irresponsabilidade de outras pessoas”, comenta Dan.

 

As lojas consideradas não essenciais deverão ficar fechadas até o dia 19 de março, quando o Governo de Estado fará uma avaliação dos dados da saúde e uma nova classificação, podendo ou não mudar a região para uma nova fase.