Com ajuda do ‘esquenta’, Black Friday 2020 cresce 30,1%

 Com ajuda do ‘esquenta’, Black Friday 2020 cresce 30,1%

Com um novo comportamento tanto do consumidor quanto das empresas, o ‘esquenta’ para a Black Friday foi o que ganhou relevência na ação promocional deste ano, segundo a avaliação da Ebit|Nielsen.

Para se ter uma ideia do desempenho do período, entre 19 a 27 de novembro o faturamento foi de R$ 6 bilhões – 30,1% a mais que as vendas de 2019, quando o valor registrado foi de R$ 4,6 bilhões. Nesses dias, incluindo o esquenta, foram gerados 10,63 milhões de pedidos, quase 20% superior a 2019.
“O e-commerce e as pessoas utilizaram todo o mês de novembro para encontrar bons preços e fechar bons negócios”, diz Julia Avila, líder da Ebit|Nielsen. “Isso mostra que essa é uma forte tendência para os próximos anos.”

Nos dois dias da Black Friday em si (que começou na noite de quinta e terminou na madrugada de sábado) fecharam com vendas totais de R$ 4,02 bilhões no e-commerce, um crescimento de 25,1% em relação ao ano passado, segundo o levantamento.

Foram mais de seis milhões de pedidos gerados – uma alta de 15,5% ante 2019, e um valor médio de R$ 652, 8,3% maior do que o período anterior.

Apenas na sexta-feira (27/11), o faturamento ficou em R$ 3,1 bilhões (24,8%), impulsionado por 4,6 milhões de pedidos (15,7%) e ticket médio de R$ 679 (7,8%) – todas as comparações com o mesmo dia do ano passado.

“A pandemia fez os consumidores terem um comportamento diferente. As compras ficaram diluídas e o comércio eletrônico soube aproveitar o momento e fisgá-los com descontos, oportunidades e atratividades”, afirma Julia.

Na avaliação da Ebit|Nielsen, vendas concentradas apenas em um ou dois dias fazem o varejo perder dinamismo, pois é preciso mobilizar mais infraestrutura e funcionários em um período curto de tempo.

“Com períodos maiores, o comércio se torna mais rentável e pode repassar melhores descontos nos preços. Todos lucram no fim do dia”, destaca.